domingo, 22 de julho de 2012

FILME “CONFIAR” - OS PERIGOS DO MUNDO VIRTUAL





Assisti a esse suspense esta semana, indicado por duas amigas do trabalho. Como sou da área de informática e trabalho em uma escola com crianças e adolescentes, logo a trama me chamou atenção.

Recentemente li outro artigo do Reverendo Jonh Piper sobre perigos da irrealidade virtual extraídos do seu livro “Provai e vede”, que também recomendo como leitura, além da Bíblia, claro. Dele também tirei pensamentos que serão expostos nesta postagem.

A adolescência sempre foi uma fase muito difícil na criação dos filhos. O comportamento arredio e os constantes desentendimentos com os pais por não conseguirem compreendê-los marcam essa fase. Se tempos atrás, criar filhos adolescentes não era fácil, nos dias de hoje com o avanço tecnológico, que possibilita comunicação em escala global, a missão tornou-se mais difícil.

O filme Confiar trata de um assunto extremamente atual e, sem fazer rodeios, esse suspense familiar tem tudo para deixar os pais com a pulga atrás da orelha e, oxalá, os filhos também.

Antes de postar pensamentos a respeito do assunto tratado no filme, apresento-lhes no parágrafo seguinte, a sinopse do filme em destaque:

Annie (Liana Liberato) apresenta os sintomas comuns da puberdade, acha que ninguém em casa a entende e todos a julgam. É a filha do meio do casal Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener). Após receber de aniversário um notebook de última geração, quando já possuía um smartphone de tecnologia idêntica, sem o conhecimento dos pais ela começa a se relacionar virtualmente com um jovem de 16 anos que conheceu num chat da internet. O "romance" extrapola o meio virtual, migrando para o telefone celular e num dia, sem que seus pais soubessem, ela aceita o convite para um encontro. Só que a surpresa do primeiro momento é apenas o começo de um pesadelo que marcará a vida de todos para sempre.

"E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição." (Malaquias 4: 6).

Um computador pessoal nos oferece intermináveis possibilidades de descobertas. Num ambiente virtual, podemos facilmente perder horas sem sequer termos consciência disso. O computador nos proporciona meios de “explorar o mundo” sem sair da privacidade do nosso escritório ou quarto. É um excelente instrumento de pesquisas, por ele ouvimos músicas, assistimos a vídeos, criamos textos, etc.

Com o nascimento da Internet, email, chats e redes sociais, essas possibilidades se expandiram vertiginosamente. O computador, além de uma ferramenta de criação, tornou-se um poderoso meio de comunicação em massa, mais eficaz do que a TV e o Rádio juntos. Ele nos permitiu explorar aquilo que só era alcançado pela nossa imaginação; encurtou distancias entre pessoas com as videoconferências e redes sociais. Abriu um universo aos nossos olhos.

O problema reside em não nos darmos conta que esse meio também foi contaminado por malícia e maldade, e que essa maldade minou ambientes familiares destruindo-os.

 Os pais viram no computador a solução para as dificuldades de manter seus filhos fora dos perigos das ruas e das pessoas perversas do mundo real. Com sua atenção quase totalmente voltada para o trabalho secular, sobrando poucas horas e às vezes minutos para a família, os pais transferem para a escola e o computador a responsabilidade de educar seus filhos.

Adolescentes, curiosos e sedentos de novas emoções, não encontrando no ambiente escolar possibilidades de viverem essas emoções completamente, são facilmente seduzidos pelos perigos que rondam o ambiente virtual. Uma lição eficaz sobre internet: “Num relacionamento virtual, as probabilidades de mentiras são infinitamente superiores às de verdades”.

Isso é exatamente o oposto no mundo real. Entre pessoas, as mentiras diminuem bastante. Quem nunca falou ao celular que estava chegando quando na verdade estava ao dobro da distancia? Quem nunca mentiu sua idade para acessar um chat ou rede social?  Quem nunca se deparou com imagens pornográficas no mundo virtual? Será que isso acontece no mundo real com a mesma frequência? Claro que não!

Essas aventuras virtuais podem migrar para a realidade e destruir a paz num lar. A solidão e a sensação de privacidade encoraja o jovem a expor-se além dos limites, caindo nas mãos de maníacos ou hackers. Os prejuízos podem ser irrecuperáveis e mudar a vida de um jovem para sempre.

Conhecimento e limitação podem apurar os sentidos de um adolescente quando acessar um ambiente virtual. Pais sempre presentes limitam o tempo de uso do computador e acima de tudo, monitoram os passos dialogando e ensinando quando observavam mudanças no  comportamento de seus filhos. Essas atitudes podem reduzir bastante a incidência de crimes virtuais envolvendo seus filhos. Ter tempo para eles é fundamental!

Não tenho a menor dúvida de que essa modernidade foi um presente de Deus para nós, assim como a pregação de João Batista o foi para o mundo. Sua missão era preparar o coração dos homens para algo muito maior que estaria por vir: O Salvador Jesus Cristo.

Devemos estabelecer uma relação de Amor com nossos filhos, envolvendo-os sem pressioná-los, converter seus corações aos nossos e os nossos aos deles. O Senhor Jesus fará com que esse lar seja impenetrável às armadilhas do diabo. Amém.

Se puderem, assistam ao filme CONFIAR. Recomendo.