Se posicionar
contrario a alguém em razão de sua crença é um direito de qualquer religioso.
Isso está descrito no artigo 5º da Constituição Brasileira. Não se pode vetar a
manifestação do pensamento de alguém em razão daquilo em que ela crê.
Também o Brasil
é oficialmente um estado Laico, ou seja, tem como principio a imparcialidade em
assuntos religiosos, não apoiando nem discriminando alguma religião. Num país
laico, nenhuma entidade religiosa pode interferir nas questões sociopolíticas
segundo sua visão. Assim, a Igreja não pode interferir nas ações políticas do
Estado segundo sua visão religiosa. Esse tempo já se foi... Deu lugar à
Democracia.
Num Estado
democrático, “todos são iguais, em
direitos e obrigações”. Como certo presidente frisou certa vez: A
Democracia consiste em “um governo do
povo, pelo povo, para o povo”.
Quando um
cristão diz que tal atitude é pecado, manifesta um pensamento em razão daquilo
em que crê. Quando ele interfere na política de seu país, já não é como cristão,
segundo sua cosmovisão das coisas, mas como Cidadão. Entendam isso!
No Brasil, são
90% de cristãos, que também são 90% de cidadãos. Como cristão, não aceitamos
certas posturas de pessoas segundo aquilo em que cremos e que consideramos
pecado contra Deus. Fazemos jus ao nosso direito e pretendemos educar nossa
prole no mesmo caminho, como um espírita também o faz ou um budista, islâmico
etc. o Estado não pode interferir nisso.
Como cidadãos,
não aceitamos nenhuma postura do Estado que possa favorecer a qualquer pequena parcela
da sociedade e não a totalidade dos cidadãos ou sua maioria. Nossa posição
religiosa não interfere em nossos direitos como cidadãos. O Estado não precisa
da religião pra governar, mas precisa do povo. Não exigimos que respeitem nossas
posições como religiosos, mas sim como cidadãos. E nossa posição como cidadãos
é que os princípios que regem a preservação da família sejam respeitados e que
haja Leis para proteção do povo como um todo. Pois todos são iguais enquanto
cidadãos.